quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Caged - Bahia acumula 53 mil empregos com carteira assinada em 2008

Bahia apresenta expansão de 0,53% no número de carteiras assinadas no mês de julho, o que significa um salto de 6.685 novos postos no mercado de trabalho formal, resultante da diferença entre 55.941 admissões e 49.256 desligamentos.Estes dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego, analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado.

O crescimento do emprego formal na Bahia situa-se ligeiramente abaixo do desempenho do país, que foi de 0,67% em julho de 2008. Em comparação com a região Nordeste o resultado foi menos significativo, uma vez que o crescimento do número de carteiras assinadas na região foi de 0,96% mediante a criação de 40.816 postos.

Em termos espaciais, a criação do emprego formal no sétimo mês foi marcada pelo fato de que a maioria das vagas foi gerada no interior do estado. Isto é, surgiram 6.589 novos empregos no interior (98,6%), enquanto que a Região Metropolitana de Salvador (RMS) foi responsável pela criação de apenas 96 vagas (1,4%).

Tratando-se do desempenho dos setores de atividade econômica, o destaque no em julho de 2008 ficou por conta da Agropecuária, que respondeu pelo surgimento de 4.399 novos postos de trabalho com carteira assinada, o correspondente a 65,8% do saldo gerado no mês. Em seguida, o setor de Serviços mediante a criação de 3.040 empregos. A Indústria de Transformação também apresentou bom desempenho e abriu 1.033 novas vagas.

Por outro lado, a Construção Civil apresentou desempenho negativo ao eliminar 1.425 empregos, mesma tendência apresentada pelo Comércio – que fechou 552 vagas. De acordo com José Ribeiro, Diretor de Pesquisas da SEI, “O desempenho negativo da Construção Civil foi determinado pela Região Metropolitana de Salvador, na medida em que foram eliminados 1.689 empregos no setor em julho de 2008”.

Resultados do Acumulado do Ano de 2008
No acumulado do ano de 2008, de janeiro a julho, foram criados 52.840 novos empregos com carteira de trabalho assinada no Estado da Bahia. Este número corresponde a um incremento de 4,35%, abaixo da média nacional, de 5,40%, entretanto, significativamente superior ao conjunto da região Nordeste que acumula, em 2008, expansão de 1,61% no nível de emprego, em decorrência da criação de 67.823 postos de trabalho. A Bahia responde por 78,0% do total de novos empregos gerados na região Nordeste em 2008.

O desempenho da geração de emprego de janeiro a julho de 2008 foi superior em 6.812 postos em comparação ao mesmo período do ano de 2007, quando tinham sido criadas 46.028 novas vagas no mercado formal de trabalho baiano. “Essa performance sugere que a Bahia deverá encerrar o ano de 2008 com um desempenho ainda mais favorável do que em 2007, com amplas possibilidades de apresentar o melhor desempenho da década”, diz Ribeiro.

Tratando-se da distribuição espacial, o interior do estado respondeu pela criação de 33.239 novos empregos nos sete primeiros meses de 2008, o correspondente a 62,9% do total estadual. Na RMS foram geradas 19.601 vagas (37,1% do total).

O setor Agropecuário vem liderando a expansão do emprego em 2008, por intermédio da criação de 14.981 empregos no acumulado deste ano, o equivalente 28,4% do total gerado no estado. Ademais, a expansão do emprego neste setor vem sendo extremamente expressiva ao alcançar 15,96%.

O Setor de Serviços desponta em seguida ao acumular 13.768 novos postos de trabalho no ano (cerca de 26,1% do total). Apesar do declínio observado em julho, a Construção Civil acumula a abertura de 10.294 novas vagas em 2008 (19,5% do total). A Indústria de Transformação gerou 8.315 empregos (15,7%) ao passo em que o Comércio acumula 4.404 postos (8,3%).
Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes, os destaques no acumulado de 2008 ficam por conta de Salvador (16.088 novos empregos), Juazeiro (4.346), Itapetinga (3.532) e Feira de Santana (2.332 novos empregos).

Brasil economiza com "Lei Seca ao Volante"

Violência nas estradas cai e prejuízo com acidentes diminui R$ 50 milhões.
Brasília (20/08/2008) – O que antes era expectativa, agora se confirma em números: a 'lei seca' ao volante reduziu gastos e gerou economia para o Brasil.
A diminuição de 13,6% dos acidentes fatais nas estradas federais permitiu que o país deixasse de gastar R$ 48,4 milhões nos últimos 60 dias. A comprovação é da Polícia Rodoviária Federal, com base nas estatísticas de dois meses de vigência da lei 11.705.

Entre 20 de junho e 20 de agosto de 2008, o número de acidentes com mortos caiu de 998 em 2007 para 862 em 2008. As autuações por embriaguez saltaram de 1.030 em 2007 para 1.839 neste ano. Desde a sanção das novas regras de combate à mistura álcool e direção, a PRF contabilizou 21.327 acidentes, 1.091 mortos e 12.174 feridos em 2008, contra 20.446 acidentes, 1.250 mortes e 12.384 feridos no ano passado.

1.Para contabilizar a economia proporcionada pela redução da violência nas estradas, a PRF utilizou fórmula do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), responsável pelo estudo “Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de Trânsito nas Rodovias Brasileiras”. O relatório dividiu os custos referentes aos acidentes de trânsito em 40 componentes. Em linhas gerais, os valores são relacionados:
- às vítimas (traslado ou remoção, atendimento pré-hospitalar, internação e
atendimento médico, despesas pós-hospitalares e perda de mão de obra produtiva);
- aos veículos (remoção e permanência nos pátios, danos materiais aos veículos e
prejuízos referentes à carga);
- ao meio ambiente (danos à propriedade pública e privada);
- ao atendimento da Polícia Rodoviária Federal (deslocamento de equipe policial
e de resgate, treinamento técnico e afastamento do agente da atividade-fim).


A base de dados da PRF sobre acidentes nas rodovias federais ocorridos nos últimos cinco anos permitiu que cada ocorrência fosse orçada de acordo com sua gravidade. Um acidente sem vítimas custa, em média, R$ 19 mil para o país. Com feridos, o valor sobe para R$ 96 mil. E o desastre que produz mortes acaba representando impacto de R$ 467 mil para a sociedade brasileira.

“São valores altos para qualquer economia mundial. Se o motorista brasileiro pensasse que a simples mudança de comportamento pode representar investimentos expressivos no bem-estar da sociedade, na infra-estrutura viária e no aparelhamento das polícias, teríamos números mais civilizados”, afirma o inspetor Hélio Cardoso Derenne, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal.

Ponta do iceberg – O consumo de álcool ao volante é apenas uma das diversas facetas de exemplos de imprudência flagrados diariamente nas rodovias federais. As 125 mil multas por excesso de velocidade, registradas pela PRF no período, permitem constatar que a melhoria das condições de circulação têm incentivado o aumento da velocidade média nas estradas. Na tarde desta terça-feira (19/08), um acidente grave ocorrido na BR 381, município de Bonsucesso /MG, matou 14 trabalhadores rurais que voltavam de uma fazenda de café. Alguns motivos foram apontados como causadores do desastre: falha mecânica, má conservação veicular e excesso de velocidade. Não restam dúvidas, no entanto, que o trecho da rodovia oferecia pista dupla, bom asfalto, viadutos e canteiro central.

E a ingestão de bebidas alcoólicas continuou revelando absurdos. Um motorista de caminhão, envolvido em acidente de trânsito na BR 262, em Minas Gerais, foi reprovado no teste de alcoolemia após o etilômetro registrar 1,93 g de álcool / litro de ar. Esta quantidade é 19 vezes maior que o limite tolerado pela legislação brasileira. Na BR 163, em Mato Grosso do Sul, e na BR 060, em Goiás, outros dois condutores também acabaram flagrados por equipes de fiscalização com índices superiores a 1,9 g / l. Também em Minas Gerais, BR 153, o condutor de um veículo de passeio, reprovado no teste de alcoolemia com 1,75 g / l, precisou ser encaminhado a um posto de saúde após a abordagem.

Turma do contra - A observação dos testes de alcoolemia realizados pela Polícia Rodoviária Federal trouxeram informações importantes. O fato mais relevante está na quantidade de motoristas que se negaram a soprar o etilômetro. Tanto em 2007 quanto em 2008, o percentual de recusas se manteve estável na casa de 18%. “Independentemente das regras, sejam brandas ou rígidas, a Polícia Rodoviária Federal atestou que existe uma parcela definida da sociedade que não concorda com o teste sob nenhuma hipótese”, explica o Inspetor Hélio Derenne. “Mesmo quando não havia punição para quem se recusasse a soprar, já existia a turma do contra. Para este grupo, a responsabilidade sobre a segurança no trânsito é apenas do Estado e sempre vão reclamar quando tiverem que dar sua parcela de contribuição”, conclui.

Ocorrências Rodoviárias 20 de junho a 19 de agosto) 2007
Acidentes: 20.446
Feridos: 12.384
Mortos: 1.250
Acidentes com morto: 998
Acidentes com ferido: 7.358
Acidentes sem vítima: 12.090
Pessoas socorridas: 2.680
Crimes de trânsito: 1.003
Veículos fiscalizados: 1.094.048
2008
Acidentes: 21.327
Feridos: 12.174
Mortos: 1.091
Acidentes com morto: 862
Acidentes com ferido: 7.303
Acidentes sem vítima: 13.162
Pessoas socorridas: 2.571
Crimes de trânsito: 1.893
Veículos fiscalizados: 1.021.671
Porcentagem
Acidentes: 4,3%
Feridos: -1,7%
Mortos: -12,7%
Acidentes com mortos: -13,6%
Acidentes com feridos: -0,7
Acidentes sem vítima: 8,9%
Pessoas socorridas: -4,1%
Crimes de trânsito: 88,7%
Veículos fiscalizados: -6,6%
Fonte: Central de Informações Operacionais / DPRF / MJ
Custo individual das ocorrências rodoviárias
(valores atualizados em 31 de julho de 2008)
Natureza do acidente
Acidente sem vítima
Custo: R$ 19.000
Acidente com ferido
Custo: R$ 96.000
Acidente com morto
Custo: R$ 467.000
Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República

Flagrantes de infrações de trânsito por tipo
(de 20 de junho a 19 de agosto) 2007
Tipo de infração
Excesso de velocidade: 118.903
Ultrapassagem proibida: 31.822
Documentação vencida: 8.858
Falta do cinto de segurança: 7.492
Embriaguez: 1.030
*Prisões por embriaguez: 0
*Não sopraram o bafômetro: 186 ( 18,1% dos testes)
Total: 298.771
2008
Tipo de infração
Excesso de velocidade: 125.591
Ultrapassagem proibida: 34.271
Documentação vencida: 11.497
Falta de cinto de segurança: 10.069
Embriaguez: 1.839
*Prisões por embriaguez: 1.223
*Não sopraram o bafômetro: 338 ( 18,4% dos testes)
Total: 321.343
* Está incluído no número de autuações por embriaguez
Fonte: Divisão de Multas e Penalidades / DPRF / MJ