terça-feira, 7 de outubro de 2008

Tata Nano, de US$ 2.500, será fabricado em Gujarat

Como fábrica só deve ficar pronta em dois anos, Nano será lançado até o final do ano e produzido em outras unidades fabris
(07-10-08) - A novela sobre o Tata Nano, o carro mais barato do mundo, ganhou hoje mais um capítulo, possivelmente o último no que se refere a sua produção. Com a desistência da empresa em prosseguir em Singur, local onde a fábrica já havia sido praticamente terminada, a empresa passou a avaliar outras possibilidades e escolheu uma em que não teria os mesmos problemas na obtenção de terrenos. As terras em que a fábrica será instalada, na cidade de Sarand, no Estado de Gujarat, são do governo, não dependem de desapropriação. Como a construção de uma fábrica leva tempo (cerca de dois anos), o Nano será produzido em plantas já existentes, em Pune e Pantnagar, e será lançado até o final deste ano.

Com capacidade inicial para 250 mil unidades, a nova fábrica ficará em uma área de 1.100 acres, equivalente a 1.100 campos de futebol. Neste espaço, a empresa poderá expandir a produção para até 500 mil unidades por ano, mas tudo indica que a demanda será bem maior do que isso. Serão criados na região 10.000 empregos diretos e indiretos.


Com 3,1 m de comprimento, 1,5 m de largura e 1,6 m de altura, o Nano tem motor traseiro de dois cilindros, todo de alumínio, com 623 cm³ e 33 cv, o que pode parecer bem pouco, mas não é, considerando o tamanho do modelo. Ao contrário do que se dizia inicialmente, ele tem um sistema de câmbio manual convencional. O painel, só com o básico, fica no centro do painel, o que facilita a venda do modelo em países de mão inglesa (com volante à direita, como na Índia) e com volante do lado esquerdo. Não foram divulgados detalhes técnicos mais profundos, a não ser que ele acomoda quatro pessoas, tem quatro portas e posição alta dos bancos, para facilitar o acesso.


Assim como o “carro do povo” mais famoso do mundo, o Volkswagen Sedan, vulgo Fusca, o Tata Nano tem motor traseiro. A refrigeração é que é diferente, a líquido, enquanto a do velho Fusquinha era a ar. Pelo visto, ninguém mais vê vantagem no fato de o ar não ferver, slogan que a marca alemã usava para destacar o motor do Fusca. Até porque, hoje em dia, o ar pode até ferver, mas não deve estar poluído.

Radio Ouro Verde