firmado com centrais sindicais
BRASÍLIA - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, garantiu
ontem que o aumento do salário-mínimo previsto para este ano
está livre dos cortes que serão feitos no orçamento da União
para compensar a perda da arrecadação de R$ 40 bilhões da
Contribuição sobre Movimentações Financeiras (CPMF). A pretensão
do governo é reajustar o mínimo de R$ 380 para R$ 408,90. "Temos
acordos com as centrais sindicais e vamos respeitá-los", disse
Paulo Bernardo, em entrevista coletiva.
Sem fazer referências sobre o reajuste de 0,38% no Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF) e sobre o aumento de 9% para 15% da
alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), Paulo
Bernardo explicou que os cortes no Orçamento vão ocorrer,
principalmente, nos investimentos dos ministérios e nos recursos
previstos nas emendas parlamentares. O ministro garantiu que os
investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
serão preservados.
Paulo Bernardo afirmou que o governo enviou ao Congresso um
projeto de lei orçamentária com previsão de investimentos de R$
30 bilhões, e que as emendas parlamentares somam a este valor
mais 15 bilhões, totalizando R$ 45 bilhões.
O ministro disse que, como R$ 18 bilhões serão destinados ao PAC,
o governo terá que fazer cortes nos R$ 27 bilhões restantes.
Ontem, Paulo Bernardo se reuniu novamente com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e recebeu a ordem de, em 30 dias, apresentar
um plano para racionalizar os gastos públicos.
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