Não demora e logo começam a aparecer crianças e adolescentes de 11, 12 e 16 anos que saem de casa, em Simões Filho, para trabalhar guardando carros e ajudando a descarregar os caminhões. As crianças e adolescentes circulam de um lado a outro à espera de clientes. A presença deles é tão normal que os seguranças do centro de abastecimentos não se incomodam com o vai e vem e se recusam a falar sobre o assunto.
Com o amanhecer, fica ainda mais evidente a situação de trabalho infantil. Em toda a Ceasa é grande a presença de adolescentes. Eles ganham até R$20 vigiando mercadorias na carroceria dos veículos, fazendo carreto com carrinho de mão ou simplesmente ajudando os pais. Uma criança de 11 anos foi flagrada em uma dos galpões da Ceasa carregando duas caixas de frutas com um carrinho de mão.
O comerciante Manoel Queiroz que pagou R$5 pelo serviço que recorre ao trabalho infantil porque aceita que não será roubado como seria por um
adulto. A Associação dos Comerciantes da Ceasa que reúne 800 pessoas reconhece que é preciso solucionar o problema.
Mas o trabalho infantil não é o único problema da Ceasa. A exploração sexual tem preocupado as autoridades. Uma menina de 11 anos, foi flagrada
por seguranças se preparando para um programa. A menina que mora no bairro de Mussurunga diz que chega a fazer cinco programa por dia e cobra R$20. O Conselho Tutelar de Itapuã que atua na área da Ceasa diz que está buscando soluções para o problema e considera a instalação de uma escola no local para que os pais possam deixar os seus filhos enquanto trabalham.
*Fonte: Bahia Meio Dia
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