A fiscalização da lei seca nas ruas e estradas brasileiras começa a ganhar o reforço de um novo equipamento para medir o nível de álcool no sangue. Motoristas que dirigiram depois de beber e foram flagrados pelas blitze da madrugada descobriram que violar a lei pode dar muita dor de cabeça.
Um caminhão que transportava cosméticos tombou na noite de sexta-feira numa estrada em São Paulo. Os policiais rodoviários perceberam que o motorista exalava cheiro de álcool, e o teste do bafômetro acusou 0,67 miligrama de álcool por litro de ar – quase sete vezes o limite da nova lei. O motorista, multado em R$ 955, ficou preso durante sete horas e foi liberado depois que o irmão pagou R$ 500 de fiança. Na blitz da madrugada de sábado em São Paulo, a polícia flagrou outros 17 motoristas desrespeitando a lei na cidade. Dois deles foram parar na delegacia. No Rio, também houve blitz. Na Baixada Fluminense, um motorista se recusou a passar pelo teste do bafômetro. Ele foi levado para o Instituto Médico Legal, sua carteira foi apreendida por um ano e ele vai ter de pagar multa. No total, 11 pessoas já foram presas no Rio. Em compensação, desde a semana passada, com o começo das blitze, o número de atendimentos a acidentados em quatro grandes hospitais cariocas caiu 17,3%. Nas rodovias estaduais de São Paulo, o número de mortes no final de semana passada diminuiu 45,5% em relação ao anterior; a secretaria de Saúde atribui a redução ao endurecimento da lei. Quinze dias depois de a lei seca para os motoristas entrar em vigor, a polícia paulista promete manter a fiscalização. O trabalho ganhou o reforço de bafômetros mais modernos que são portáteis, mais rápidos e conseguem medir a concentração de álcool mesmo se o motorista resolver fingir que está soprando. Basta respirar a dez centímetros de distância para o equipamento novo identificar se há infração. "Esse modelo já acusa o teor de álcool da pessoa só com a presença dela", explica o fiscal, Quanto a quem já bebeu, depois de quanto tempo pode dirigir? O médico Arthur Guerra de Andrade diz que um de 70 kg, saudável e bem alimentado leva em média uma hora para eliminar uma taça de vinho, um copo de cerveja ou uma dose de destilado – mas alerta que a resposta varia muito de pessoa para pessoa. "Os mais suscetíveis são mulheres, quem tem menos massa muscular, quem tomou álcool e não se alimentou ou quem tem alguma doença no fígado. Essas são pessoas mais vulneráveis", explica o psiquiatra. Em Belo Horizonte, o publicitário Wellington Alvarez deixou um aviso no pára-brisa: Seu guarda Na manhã de sábado, Wellington foi buscar o veículo. "Se tiver que beber na sexta-feira, melhor deixar o carro", ele brinca. Veja tudo no G1 |
domingo, 6 de julho de 2008
Blitze de fim de semana
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