quarta-feira, 18 de junho de 2008

Nada de novo

Na matéria abaixo, são citados jornalistas simpatizantes de Lula e FHC. Até aí nada de novo. O novo e talvez não tão novo assim é o fato de alguns criticarem pessoas através de suas colunas e na presença, "pipocam". Vejam só o o Diogo Mainardi, que abriu o verbo contra quem tem marcas na pele, as famosinhas pintas, disse que tem noje delas, etc., mandou Sabrina Sato do Pânico na TV, retirar a que ela tem na testa porque é nojenta. Teceu palavras deselegantes, chegando a dize "Desde que eu fique distante de Sabrina Sato e de sua pinta na testa. Ela faz aflorar um monte de idéias em minha mente, todas elas rabiosas e incongruentes, transportando-me para o palco do Teatro Oficina, onde José Celso e sua platéia encenam eternamente a Guerra de Canudos."

Sabrina foi até o rio de Janeiro, procurou o jornalista e no meio da rua, as´pessoas olhando e na frente de uma câmera de tv ele pipocou. (vídeo aqui) Sorriu amarelo e acabou escorregando pelos lados.

É isso aí: NADA DE NOVO. Muitos falam o que querem na ausência, cara a cara é outra coisa.
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Os jornalistas e a utopia da parcialidade
Há um debate nos bastidores da imprensa brasileira que tenta distinguir quais jornalistas são comprometidos com esse ou aquele partido político, agrupamento ideológico ou mesmo interesse corporativo. Na realidade, em muitas ocasiões, o que poderia ser um debate descamba para a troca de acusações.

Não se pode negar a importância da identificação de desvios profissionais em qualquer atividade, mas a "patrulha ideológica" pode causar danos irreparáveis a muitos profissionais.

Há algum tempo, o colunista da revista Veja, Diogo Mainardi fez uma espécie de lista do que rotulou como jornalistas petistas. Entre os classificados como lulistas estavam Franklin Martins, na época funcionário da Globo, Ricardo Kotscho, que foi secretário de imprensa da Presidência da República, e Tereza Cruvinel, atual presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), criada por Lula.

Não há problema no fato de um ou uma jornalista decidir trabalhar para o governo. Faz parte do jogo democrático. O que é reprovável é atuar como jornalista na mídia em defesa desse ou daquele grupo político, corporação ou movimento.

Alguns colunistas, que posam de jornalistas na grande imprensa, não conseguem discernir jornalismo de ativismo político partidário. Mainardi e Arnaldo Jabor são os maiores exemplos. Exercem a crítica ao governo Lula, mas fecham os olhos, os ouvidos e outros sentidos para os escândalos envolvendo tucanos. Há casos extremos em que os dois elogiam abertamente Fernando Henrique Cardoso. O poeta Ferreira Gullar, que escreve aos domingos na Folha de S.Paulo, é outro simpatizante dos tucanos que só critica Lula. É amigo do governador José Serra (SP) desde o exílio, no Chile, na época da Ditadura.


Mas nem tudo é parcialidade. Há profissionais, como Janio de Freitas, Clóvis Rossi e Elio Gaspari, que colocam a ética jornalística em primeiro plano. E há nomes, como Luis Fernando Verissimo e Carlos Heitor Cony, que fazem a diferença. Sem falar da qualidade inigualável dos textos deles.

Ainda bem. A crítica jornalística não deve excluir. Do contrário não é crítica, é texto panfletário.

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