Rio de Janeiro - A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fenaprf) afirma que, a partir da meia-noite de hoje (24), a categoria irá paralisar as atividades e dará início a um protesto pelo descumprimento de um acordo assinado com o governo federal. De acordo com a federação, a categoria só atenderá emergências.
“Vamos recolher as viaturas aos postos e multas só nos últimos casos”, disse o presidente da Fenaprf, Gilson Dias da Silva. “Não atenderemos escalas de plantão extraordinárias e acidentes, só os mais graves.”
Dias da Silva alega que o governo desrespeita um acordo, assinado em março, que previa a exigência do diploma de nível superior para novos policiais e parcelas de reajuste salarial para julho e, não novembro, como determina medida provisória que selou o acordo.
"Foi um ano de negociação. No termo ficou estabelecido que teríamos nível superior para ingresso na carreira, aumento de efetivo em 3 mil policiais e o reajuste. Apenas a contratação foi cumprida e entendemos que o acordo foi quebrado.”
De acordo com a federação – que representa os sindicatos de 23 estados mais o do Distrito Federal -, os policiais não vão divulgar o balanço oficial com os números de acidentes e vítimas de trânsito durante a Operação Corpus Christi, que começou à meia-noite de quinta-feira (22).O Departamento de Polícia Rodoviária Federal em Brasília informou, por meio da assessoria de imprensa, que o governo atenderá as reivindicações e encaminhará mudanças na medida provisória por meio de projeto lei, já enviado ao Congresso. Ainda de acordo com a assessoria, os policiais podem ser punidos em casos de omissão ou descumprimento de normas.
Segundo Dias da Silva, a federação não foi informada oficialmente do projeto de lei. Caso as reivindicações não sejam revistas pelo governo ao longo da próxima semana, ele afirma que a categoria pretende fazer uma greve nacional a partir da próxima sexta-feira (30).
Isabela Vieira Repórter da Agência Brasil
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